terça-feira, 11 de julho de 2006

AMOR-PERFEITO



Parei pra pensar: Por que será que é tão difícil se desprender de um amor antigo?

Deve haver uma resposta bastante objetiva, mas nesse contexto há sentimentos demais entrando em choque, há pensamentos demais procurando lugar seguro.

O medo de iludir (e de se iludir, por que não?), a dúvida em saber se você quer ou não estar fazendo aquilo, não saber se a vida está andando pra trás ou se é você que está tomando atitudes espontâneas, querer que o tempo esteja submisso a você para que você possa voltar nele toda vez que quiser.

Às vezes é meu próprio egoísmo que me põe na lona, e pra me reconstruir só serve o orgulho. Pelo menos esse estado me permitiu fazer a grande descoberta de que o amor mais imperfeito não é menos amor. Talvez demorasse uma vida inteira pra que eu descobrisse isso, mas não, aconteceu agora. Bonito. O amor se realiza na esfera de sua própria contingência e por isso é que vale tanto...

Posso até ter ido longe demais, mas, chegar até a porta da certeza e voltar ao alicerce da dúvida faz a gente elevar o pensamento, mesmo que nada do que eu tenha dito aqui tenha me ajudado a encontrar resposta.

Por que será que é tão difícil se desprender de um amor antigo?

5 comentários:

Anônimo disse...

O amor antigo ou atual, é sempre o amor, esse sentimento que todos correm do qual todos correm atrás e querem sentir, mesmo que seja para sofrer um pouco, mas todo mundo quer amar, quer ter um amor. Definí-lo é quase impossível, pois como expressar em palavras o que é indefinível? Poetas, filósofos, músicos e afins já tentaram, mas será que alguém já conseguiu??? Não sei. O que eu sei é que realmente queremos sublimar o tempo e o espaço, quando estamos na companhia da pessoa amada. É bom, mas é confuso, perdemos a razão, deixamos a emoção conduzir nossas ações e pensamentos...
Carla .

Anônimo disse...

"Por que será que é tão difícil se desprender de um amor antigo?"

Também já me perguntei várias e várias vezes... E a resposta pode ser mais simples do que pensamos: o amor nunca deixou de existir.

paula r. disse...

Porque, apesar de antigo, é amor.

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O Drummond disse que "o amor antigo vive de si mesmo". Talvez. Só não pode é deixar um amor novo passar batido; o novo é tão amor quanto.

Beijos

Unknown disse...

Quando estive presa durante muito tempo ao ultimo amor, me perguntava isso tantas e tantas vezes.


Quando percebi que o meu medo estava muito mais em não saber se encontraria aquilo de novo do que de perder a pessoa que se foi. Consegui soltar as algemas.

Lembra, Raul, quando eu disse que me libertei?! É do passado que estou livre. Mas pra isso é preciso muito amor próprio, confiança e certeza de que pode contruir um futuro que será sempre melhor que o passado.

Tudo isso foi o reultado de quando me perguntei isso. Deu certo! me desprendi daquele amor e de tantos outros que eu carregava a um novo relacionamento....

Raul disse...

Já dizia Guilherme Arantes: "Há sempre um novo amor...". São Coisas do Brasil.
A desilusão, o choque, a queda, a dor, a lágrima e tudo quanto é consequência ruim que um amor vivido pode trazer não passam de coisas normais. A gente é costuma a dramatizar tudo.