quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Eu não sou daqui

Como prometido há meses atrás, mais músicas para download. Essa se chama "Eu não sou daqui" e foi escrita já há algum tempinho...

(É interessante ouvir a música num fone de ouvido porque essas caixinhas tradicionais de computador não emitem o grave direito e você não vai conseguir ouvir o som do contra-baixo. A não ser que você tenha caixas de home theater no seu PC.)

EU NÃO SOU DAQUI

Eu não sou daqui, eu sei
Eu não pertenço a este lugar
P’ronde eu devo ir, não sei
Eu sei que eu não devo ficar

Onde está o abrigo mais seguro pra eu poder morar?
Mandem construir um muro impossível de saltar.

Hoje eu vou dar uma festa
e não vou convidar ninguém
E ninguém vai perceber
que eu estou longe de mim também;

Já faz tanto tempo que venho tentando me encontrar;
me perdi sozinho e sem caminho,
onde eu vou caminhar?

Eu vou fugir pra bem longe daqui
Pra onde nem eu mesmo possa estar
Eu vou fugir pra bem longe daqui
Pra um mundo onde ninguém possa me encontrar.

Meus amigos dizem que se eu não mudar, acabo só;
Mas que vida é essa que me priva do sonho maior
Que é seguir o rumo que encontrei para ser o que eu sou
E andar mesmo sem saber pra ver até aonde eu vou.

Eu vou fugir pra bem longe daqui
Pra onde nem eu mesmo possa estar
Eu vou fugir pra bem longe daqui
Pra um mundo onde ninguém possa me encontrar.

Clique aqui para baixar!

sábado, 22 de setembro de 2007

Mais uma canção

Diamantina

Diamantes cortando corações
De dentro pra fora
Ninguém vê –Nem sente
Seu sorriso rupestre

Nos bares de uma porta só
Nas ruas estreitas
Estas ladeiras que vão dar no céu
Seu sorriso rupestre

Toco o velho violão com os olhos
Como sempre toquei
Minhas mãos tocam
Você
Como nunca toquei
Saudades de um tempo que ainda não veio
De ver no meio do azul
Seu sorriso rupestre

sábado, 15 de setembro de 2007

Triste é não entender a matemática literária que o sonho mais querido nos impõe. É não enxergar um triângulo dentro do outro, na geometria barata que nos escraviza. Triste é compreender a exatidão do mundo; e, ainda assim, buscar se alicerçar no seu lado mais humano.

Triste é saber a tristeza que há de chegar logo, com a noite; e não poder domá-la, mesmo que por amizade e apego; como um domador doma os leões. Triste é não saber desinventar o medo que nos invade, faz morada em nós; se reproduz por dentro, e nos faz seguir serenos, como um rio.

Triste é viver a lucidez imbecil da vida: perceber entre as frinchas das gavetas avisos e previsões; tendo que esperá-los acontecer por não haver forma de se desmaterializar e estar fora do plano terrestre por uma mínima fração de segundo.

Triste é poder contar o tempo que sobra sem fazer juízo do tempo que falta.

Triste é esperar pelo que já aconteceu acreditando que irá acontecer de novo.

Triste é ter um texto inteiro feito apenas por palavras rudes e infiéis, palavras desobedecem ao significado que carregam, vão contra o próprio sentido até perderem sensibilidade. Sem nada sentirem.

Triste é pensar no pouco valor que há nas palavras que jogamos para fora de nós, na tentativa de forçarmos nossa continuação (tentando existir através delas) nas gerações que virão.

Triste é não saber medir. Triste é não conseguir duvidar.

Triste é suplantar a vida com alegria de mentira. Triste é pular carnaval, ser parcela de multidão, se dissolver, homogeneizar-se.

Triste é olhar pra realidade e ver que a vida não passa de uma função do 1º grau.

Triste é repetir no mesmo texto, por centenas de vezes, a palavra vida. A palavra vida é triste em qualquer contexto.

Triste é ouvir o poeta gritar: “Eu posso amar quem eu quiser!” e saber que o poeta é triste.

Triste é não dar a mínima para as pessoas que pensam que você escreve demais sobre coisas tristes.

Triste é se enganar mudando apenas as fronteiras de lugar. Triste é perseguir a inteligência salutar.

Mas triste mesmo é acreditar no, sonhar com e esperar pelo: teletransporte.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A Falcatrua!


A banda Falcatrua (BH) disponibilizou em seu site todo seu álbum de estréia para download

Falcatrua e o Pau de Arara Espacial é um disco inteligente, carregado de uma brasilidade particular, que poucas bandas carregam. O disco é um daqueles trabalhos que fazem você acreditar que (ainda) vale a pena fazer rock no Brasil.

Divirtam-se!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A Rotina dos Sonhos...

Festival da Canção de Lagoa Santa/MG - 14/08/2007




"Arte na Praça " - 03/08/2007 (Praça Dr. Lund - L.S.)


Agosto... mês que vai deixar saudades...