segunda-feira, 30 de junho de 2008

Poema contra a solidão

O silêncio que se materializou perverso
o silêncio que aboliu a canção
seja agora corrompido
tenha seu hímen obstruído pelo barulho poluído do meu instrumento.

o silêncio que encarnou o vazio
o silêncio que se fez interior
seja nesse instante dilacerado
por um ruído humano, sólido e rosado.

o silêncio e todas as peças imateriais que o compõem
derretam no fogo de qualquer microfonia
e formem um homem novo
feito mais de barulho que de silêncio.

2 comentários:

Alves disse...

Solidão é triste... Mas gera umas coisas belas, como este poema!
Muito bom, velho!

Raul disse...

Pois é cara... verdade.