terça-feira, 21 de março de 2006

Nossa microeternidade




Eu sei, o homem é condenado a ser livre.

Com essa afirmação vimos o peso da responsabilidade de sermos livres e frente a essa liberdade, a gente se angustia porque a liberdade implica em escolha, que só o próprio indivíduo pode (ou não pode) fazer.
Muitos de nós paralisamos e, assim, achamos que não fomos obrigados a escolher. No entanto, a não ação, por si só, já é uma escolha.

Você se pergunta: Ah, então eu devo respeitar as pessoas que optam por vegetar o resto da vida e apenas produzir lixo e ocupar espaço no mundo?

A escolha de adiar a existência, adiando os riscos para não errar e gerar culpa, é uma tônica na sociedade contemporânea. Arriscar-se, procurar a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma jornada pessoal que o ser deve empreender em busca de si mesmo.

Ao penetrar na escola do pensamento e desmembrar sem receio o que há de compreensível na filosofia barata a qual nos submetemos aqui, podemos ver o quanto somos impiedosos uns com outros. Há quem garanta que não há motivos para estarmos aqui, e que a terra é um planeta que existe sem razão, sobre qual a importância de cada um no mundo e o objetivo da criação...e agora?

Bom, eu não quero tentar dar respostas demais para esse tipo de assunto, até porque eu também coleciono interrogações e procuro não me influenciar por questões existenciais. Apenas acredito que o remédio para o mundo sempre foi e sempre será o simples ato de amor ao próximo.
(O próprio caminho é o convite e eu começo por onde a estrada vai.)

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