As coisas não são mais coisas
Posso sentir o mundo
Mundo vai nas pontas das asas
Frio
O horizonte se expande
O que é pequeno se alarga em vermelho
Eu sei ver os detalhes
Por isso quase que sempre choro nestas horas
Quero acompanhar meus pensamentos
Mas minhas asas são de não voar
Vejo no primeiro clarão
A luz se apagar como um ruído
São seis da manhã
E não sei do amanhã
O depois...
Nenhuma árvore pra descansar os pés
Volto sozinho para casa
Silenciosa casa, os meninos dormindo
Ponho meu coração pra deitar com eles
Aí meu pensamento voa passarinho
Como sempre há de ser...
* Acho que isso podia se chamar também "Onde descanso meu coração"
** A ilustração da coruja eu já havia feito há um tempão, mas vale- e muito- pra meu sentimento de hoje...
3 comentários:
Ps.: Ah, isso pode chamar "Papai Coruja" tb...
Sim. "Papai Coruja" seria o título mais propício mesmo...
Bonito pra caramba, tanto o texto quanto o desenho cara. Me fez lembrar dos meninos também...
Tudo tão bonito por aqui. Quisera eu ter o dom de expressar sentimentos com desenhos e palavras. Parabéns, Alves!
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