segunda-feira, 21 de maio de 2007

CORUJA


As coisas não são mais coisas

Posso sentir o mundo

Mundo vai nas pontas das asas

Frio


O horizonte se expande

O que é pequeno se alarga em vermelho

Eu sei ver os detalhes

Por isso quase que sempre choro nestas horas

Quero acompanhar meus pensamentos

Mas minhas asas são de não voar


Vejo no primeiro clarão

A luz se apagar como um ruído

São seis da manhã

E não sei do amanhã

O depois...


Nenhuma árvore pra descansar os pés

Volto sozinho para casa

Silenciosa casa, os meninos dormindo

Ponho meu coração pra deitar com eles


Aí meu pensamento voa passarinho

Como sempre há de ser...



* Acho que isso podia se chamar também "Onde descanso meu coração"

** A ilustração da coruja eu já havia feito há um tempão, mas vale- e muito- pra meu sentimento de hoje...









3 comentários:

Alves disse...

Ps.: Ah, isso pode chamar "Papai Coruja" tb...

Raul disse...

Sim. "Papai Coruja" seria o título mais propício mesmo...

Bonito pra caramba, tanto o texto quanto o desenho cara. Me fez lembrar dos meninos também...

Unknown disse...

Tudo tão bonito por aqui. Quisera eu ter o dom de expressar sentimentos com desenhos e palavras. Parabéns, Alves!