domingo, 5 de outubro de 2008

No dia ideal, que já existe lá na frente, está todo mundo calmo e lívido. Os sorrisos em cada rosto não são extravagantes porque não há o engraçado, mas sim o satisfatório. Os rostos estão enquadrados milimetricamente para serem postos permanentemente na memória de cada um. Para que cada um os possa relacionar com outras lembranças e com a trilha sonora que quiser. E a lembrança é feliz porque ao vê-la de novo, assim, acordada, tomo consciência de que momentos como o de agora, em que palavras jorram como choro, hão de voltar esporadicamente. Só é preciso um sábado, uma tarde, um andar a pé sozinho, um descompromisso com o próximo segundo, um violão que se manteve afinado, mesmo estando abandonado por longos dias.

Só é preciso reencontrar-se consigo mesmo para ver além das coisas.

7 comentários:

Unknown disse...

Fantástico!
parabéns, adorei...

Raul disse...

Valeu Laís...

Alves disse...

Muito bom,Rauzito!

Nine disse...

"(...)É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê!"
=*

Nine disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
paula r. disse...

saudade disso.

Raul disse...

Bem lembrado, Nine