O silêncio que se materializou perverso
o silêncio que aboliu a canção
seja agora corrompido
tenha seu hímen obstruído pelo barulho poluído do meu instrumento.
o silêncio que encarnou o vazio
o silêncio que se fez interior
seja nesse instante dilacerado
por um ruído humano, sólido e rosado.
o silêncio e todas as peças imateriais que o compõem
derretam no fogo de qualquer microfonia
e formem um homem novo
feito mais de barulho que de silêncio.
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2 comentários:
Solidão é triste... Mas gera umas coisas belas, como este poema!
Muito bom, velho!
Pois é cara... verdade.
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