Ah, doce solidão...
domingo, 30 de março de 2008
Complemento
Pra completar o que o Alves comentou no último post resolvi postar o vídeo do Camelo com a criançada do bairro 6 de maio, no Rio. Bonito demais da conta...
terça-feira, 25 de março de 2008
Quando Maio Chegar
Maio
Eu gosto de dias azuis
Eu gosto de dias claros
Ver no céu dançando os urubus
Nos seus céus de dias calmos
Sob o céu de dias azuis
Piso no chão sem nenhum alarde
Ver no céu dançando os urubus
Este céu de dias claros
Eu gosto de dias azuis
Os olhos bem abertos pra ver
Ver no céu dançando os urubus
No meu céu de dias calmos
Eu gosto de dias azuis
Eu gosto de dias claros
Ver no céu dançando os urubus
Nos seus céus de dias calmos
Sob o céu de dias azuis
Piso no chão sem nenhum alarde
Ver no céu dançando os urubus
Este céu de dias claros
Eu gosto de dias azuis
Os olhos bem abertos pra ver
Ver no céu dançando os urubus
No meu céu de dias calmos
quinta-feira, 20 de março de 2008
REVOLUÇÃO (!)
O vídeo é auto-explicativo. Só tenho que avisar que eu sou um dos atores coadjuvantes. Apareço atrás do protagonista (o grandalhão) em alguns momentinhos, antes do pau quebrar. Na hora em que todo mundo embola um no outro não vai dar pra me ver direito porque meu volume corpóreo é menor do que o dos outros "participantes". Como sair na porrada (ainda) não resolveu o problema, só restou a oportunidade de espalhar pra todo mundo essa obra de arte. CLICA! CLICA!
sexta-feira, 14 de março de 2008
quarta-feira, 12 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
Fita Bruta - Wado e Realismo Fantástico
Ficamos na fita bruta
Que algum filha-da-puta derrubou
Não entramos na comédia
E é preciso fazer média com o maldito diretor
Dispensaram o contra regra
E é a banda quem carrega
Um pesado monitor
E esta é a maior censura
Está que não tem cura
Que nasce dentro do autor
É melhor ficar calado
É melhor virar de lado e
Desligar o gravador
Não entramos na novela
Nem precisa acender vela
Que o roteiro já fechou
Me disseram que é uma bosta
Mas que todo mundo gosta
Do mocinho sofredor.
Disco: Terceiro Mundo Festivo (2008)
Que algum filha-da-puta derrubou
Não entramos na comédia
E é preciso fazer média com o maldito diretor
Dispensaram o contra regra
E é a banda quem carrega
Um pesado monitor
E esta é a maior censura
Está que não tem cura
Que nasce dentro do autor
É melhor ficar calado
É melhor virar de lado e
Desligar o gravador
Não entramos na novela
Nem precisa acender vela
Que o roteiro já fechou
Me disseram que é uma bosta
Mas que todo mundo gosta
Do mocinho sofredor.
Disco: Terceiro Mundo Festivo (2008)
quarta-feira, 5 de março de 2008
sábado, 1 de março de 2008
1973
Vereda Morta, o arraial, rua estreita só. As casinhas de um lado e do outro, divididas pela ruazinha de terra, parecendo leito seco de rio. No fundo, depois do pastinho, faz visão da vereda que dá o nome disso aqui. E a vereda é mesmo morta-assoreou, diz um doutor que veio aqui uma vez. Acalipal tomou conta. Planta que bebe rio, nascente, lagoa, o que há de água, toma! Bebe o mundo. Ali do lado da vereda tem o acalipal, do Seu Acácio Vianna. Foi esse que sumiu, esmilinguiu a aguinha da vereda daqui. Triste ver aqueles buritis tudo mortodefinhado, só as folha seca. Mas é fato, já se vê muito isso por essas bandas -as grandes matas de uma árvore só. Uma tristeza só, o capeta semeando sua colheita dele. A gente olha e entristece em calado. Aquela solidão verde a gente olha com olho de bicho do mato, sem saber oquê... Raposinha na encruzilhada. É um tempo diferente. Eu sinto muito isso, mas quase que nunca falo. Mas Anézia... Carinha dela, olhos de prestar atenção em tudo e em nada no mesmo demarcado de tempo. Reloginho de jabuticaba. Estas estórias que a gente não acredita, aqui tem muito. Tem Anézia. Tome assento, que lhe conto desta menina, que me salvou. Acredita? Salvou também Vereda Morta. Hum? O povo já se esqueceu. Eu nunca que esqueço. Menina santa-rainha, os olhinhos pretos. Tome assento.
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