quinta-feira, 28 de junho de 2007
Duas Canções
DEIXA O SOL
Deixa o sol morrer
Que a noite quer chegar
Preta sem saber
Do astro- rei- solar
Deixa escurecer
Terra, céu e mar
Que ele vai saber
Qual caminho andar
Ir subterrâneo
Encontrar mil outros corações
Deixa a lua sorrir no céu
Deita em minhas mãos
Porque já é hora de dormir
Sonhar com as estrelas
Que ainda estão por vir
PARA COMEÇAR O DIA
Fecho os meus olhos
Para começar o dia
Para ver por dentro de mim
Onde guardei seu sorriso
Seus olhos sob seus óculos
Suas janelas sob seus olhos
Seu silêncio vai por detrás das janelas
Eu sei
Ah, quem diria?
Já não tenho marcas no pescoço
Aquele dia,lembra?
Mas ainda penso em você
Você...
quarta-feira, 20 de junho de 2007
ACONTECIMENTO
O sangue dos bodes e dos touros
seca no Antigo Testamento.
O maná e a vara dentro da urna
de ouro
desaparecem. Na planície
balouça unicamente
o berço
de feno, concha lumiada
pelo clarão do Paráclito
que é justiça e consolo,
com uma cruz dormindo entre cordeiros.
Nova palavra - Amor - é descoberta
nas cinzas de outra igual e já sem música.
Desde então, fere mais a nostalgia
do sempre, em nosso barro.
Carlos Drummond de Andrade
seca no Antigo Testamento.
O maná e a vara dentro da urna
de ouro
desaparecem. Na planície
balouça unicamente
o berço
de feno, concha lumiada
pelo clarão do Paráclito
que é justiça e consolo,
com uma cruz dormindo entre cordeiros.
Nova palavra - Amor - é descoberta
nas cinzas de outra igual e já sem música.
Desde então, fere mais a nostalgia
do sempre, em nosso barro.
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Escapada
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